Com a definição do PT de lançar Humberto Costa como candidato a prefeito do Recife, caberá ao PSB anunciar que o apoiará e avaliar se manterá ou não Milton Coelho na vaga de vice-prefeito.
Coelho foi indicado pelos socialistas, em 2008, para compor com João da Costa, mas há um grupo que defende a troca, devido aos desgastes que ele sofreu e o levou a renunciar à presidência estadual da sigla. O governador Eduardo Campos, que preside a legenda socialista nacionalmente, e seus correligionários vêm mantendo a discrição quanto ao impasse petista. Ontem, inclusive, o presidente regional, Sileno Guedes, e o vice-presidente Tadeu Alencar, não se pronunciaram sobre a escolha do PT.
Quem comentou sobre o novo quadro, em nome da legenda, foi o prefeito de São Lourenço da Mata, Ettore Labanca. Sobre a vice, ele revelou que Eduardo Campos, assim que voltar de viagem, se reunirá com o PSB para decidir o impasse. “Agora, cabe à base alidada juntar esforços para unir a Frente Popular. Não cabe aos partidos aliados entrar no assunto interno do PT”, declarou.
Sobre a indicação de Humberto, Labanca disse que se tratava de um bom nome. “Os quatro nomes (Humberto, João Paulo, João da Costa e Maurício Rands) eram bons, já que o governador tem uma boa relação com todos, e por este motivo não iria interferir na escolha”, assegurou.
Mesmo que poucos acreditem que não houve uma interferência de Eduardo, por meio do ex-presidente Lula, Ettore explicou que “o governador conversou recentemente com Lula, mas foi para tratar sobre São Paulo”. “A forma como o problema do PT foi conduzido não cabia ao PSB se meter. O que nos cabe é receber o candidato para unir a Frente”, completou.
Com o nome de Humberto engrenado na disputa, existe a possibilidade dele continuar atuando no Senado, conciliando o trabalho com a campanha. Mas o ideal, segundo Labanca, é que se licencie por quatro meses para se preparar para as eleições. Sendo assim, o cargo seria ocupado por seu suplente, Joaquim Francisco (PSB).
Folha-PE