Diferenças Entre João da Costa e Geraldo Júlio

Antônio Assis
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Após tomar a decisão, que não foi fácil, de não apoiar o candidato do PT à prefeitura do Recife, o governador Eduardo Campos não chegou ao nome de Geraldo Júlio, aleatoriamente. Ele encomendou uma pesquisa qualitativa para identificar que tipo de prefeito a cidade gostaria de eleger. O perfil que foi traçado pela maioria dos eleitores é semelhante ao do ex-secretário de desenvolvimento econômico, cuja imagem está associada a todos os programas exitosos do governo estadual.

É um equívoco chamá-lo de “poste” do governador porque a candidatura dele só foi anunciada depois que recebeu o apoio de 12 partidos. Ela se diferencia da do petista João da Costa, por exemplo, porque esta foi decidida unilateralmente pelo então prefeito, João Paulo. Só depois que ela foi anunciada é que o prefeito caiu em campo para obter o apoio do restante da Frente Popular. Agora, não. Geraldo Júlio já parte com a chancela de 12 partidos, podendo receber o apoio de mais dois.

Em favor de João da Costa pesava o fato de ser um militante político havia mais de 20 anos. Ele trabalhava na assessoria de João Paulo e de tanto participar de reuniões do PT conhecia o Recife como a palma da mão. Esses conhecimentos se aprofundaram depois que João Paulo o nomeou secretário do Orçamento Participativo. Geraldo Júlio não tem militância política. Mas, em compensação, é um gestor público comprovado. Se esse for de fato o perfil que a cidade quer, ponto para ele. 

O alívio - Eduardo Campos viajou tenso a SP, ontem, mas de lá retornou aliviado, após conversar com Lula sobre a eleição do Recife, Fortaleza, Belo Ho­rizonte e São Paulo. Ele disse ao ex-presidente aquilo que Lula gostaria de ouvir: que o adversário do PSB, no Recife, não será o PT e sim o DEM. 

Inaldo Sampaio

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