A chuva que atingiu a capital pernambucana e a região metropolitana do Recife desde a noite da quarta-feira, provocando a morte de três pessoas, é a maior nos últimos dois anos. O volume corresponde a 32% da média normal para o mês de junho, que é de 377,9 mm, segundo informações do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).
De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a chuva ocorrida entre a noite passada e as 9h desta quinta-feira soma 120,6 mm, sendo grande parte do volume, aproximadamente 87 mm, registrado entre meia-noite e 9h .
Mortes. A chuva forte que caiu sobre a região metropolitana do Recife causou deslizamentos e alagamentos, além da morte de três pessoas. No bairro Malaquias, em Cabo de Santo Agostinho, onde o volume registrado chegou a 127 mm, um deslizamento de terra matou Glayce Ferreira, de 20 anos, grávida de cinco meses, e seu filho, Diogo Gabriel do Amaral, de um ano, conforme a Defesa Civil.
Outra morte ocorreu em Olinda. A Defesa Civil de Pernambuco disse que, no bairro de Águas Compridas, na manhã desta quinta, 14, uma barreira caiu e provocou a morte de Nicole Cristiane dos Santos Xavier, de 19 anos. A mãe da jovem, que estava na casa, conseguiu escapar.
A Defesa Civil estadual registrou ainda ocorrências e alagamentos em outras cidades pernambucanas. Em Jaboatão dos Guararapes, uma casa desabou e ocorreram dois deslizamentos, sem deixar feridos. Em Recife, foram registrados pontos isolados de alagamentos. Uma família ficou desalojada, sendo encaminhada para processo de inclusão no auxílio moradia.
A chuva também atingiu as cidades de Paulista, Camaragibe, Abreu e Lima e Igarassu. Em Palmares, a chuva acumulada entre a noite de quarta e manhã desta quinta-feira soma 32,8 mm, representando 13% da média histórica de chuvas, que para o mês de junho é de 252,9 mm. De acordo com o CPTEC, nesta quinta-feira, o tempo ficará instável no litoral sul da Bahia, Pernambuco, Paraíba e nordeste de Alagoas.
Fonte: Agência Estado