Foto: DORIVAN MARINHO/Agência Estado
247 – Em março deste ano, a presidente Dilma Rousseff foi às lágrimas, publicamente, quando se viu forçada a demitir o ministro Luiz Sérgio, do PT, dando posse a Marcelo Crivella, do PRB. “Nós temos certeza de que, ao longo do caminho, muitas vezes somos obrigados a prescindir de grandes colaboradores”, lamentou a presidente, com a voz embargada, na ocasião.
Dizia-se, à época, que Dilma foi forçada a aceitar Crivella em seu governo como parte de um acordo para que Celso Russomano, candidato do PRB em São Paulo, desistisse da disputa, abrindo espaço para o crescimento de Fernando Haddad, em São Paulo.
Hoje, Russomano tem 24% no Datafolha, contra 6% de Haddad. No lançamento de sua candidatura, neste sábado, quem estava lá, todo pimpão, era justamente o ministro da Pesca, Marcelo Crivella. "Chegaram a insinuar que havíamos negociado a retirada da candidatura em troca de um cargo no governo federal. A esses eu digo que o PRB não se curva, não se rende", afirmou.
O presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, também fez comentário sobre o tema em discurso. "Desde o dia em que o Crivella foi nomeado eu não parei de responder perguntas sobre a candidatura do Russomanno. Eu respondia: 'vamos mantê-la, quem viver verá'. E hoje estão vendo", disse.
Como se vê, o choro da presidente Dilma foi em vão. Russamano se lançou candidato numa coligação que inclui seis partidos, incluindo o PTB, que indicou Luiz Flávio D´Urso como vice. E já que perguntar não ofende, será que Crivella continuará no governo federal?