Apoio do PSB ao PT Não é Incondicional

Antônio Assis
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Até 15 dias atrás, a posição do governador Eduardo Campos sobre a eleição do Recife estava muito clara. Ele apoiaria qualquer candidato que fosse indicado pelo PT em nome de sua relação política com Lula e a presidente Dilma Rousseff. Não tomou partido na disputa interna dos petistas, embora tivesse simpatia, presume-se, pela candidatura do deputado Maurício Rands, que é seu secretário de governo e com quem tem ótima relação, inclusive por ele ser parente de sua mulher.

De terça-feira para cá, entretanto, houve uma reviravolta na sua cabeça. Chegou aos seus ouvidos que o deputado João Paulo bancara internamente no PT a candidatura de Humberto Costa com o compromisso de o senador, uma vez eleito, marchar com o petebista Armando Monteiro para o governo estadual. Pode até ser fofoca de período eleitoral. Mas ele levou a sério a especulação e passou a dizer, pela voz de Sileno Guedes, que a aliança do PSB com o PT não é “automática”.

A partir daí, começou a provar, com fatos, que não estava para brincadeira. Primeiro, tirou três secretários do governo para deixá-los como “cartas-reserva” à eleição municipal. Segundo, não atendeu nas últimas 72 horas a nenhuma ligação telefônica do senador Humberto Costa. E nem pretende atender se o presidente estadual do PT, deputado Pedro Eugênio, não pôr os pontos nos “is” nessa relação. Terceiro, dará tranquilamente seu apoio ao senador, mas exige reciprocidade do PT em 2014. 

Inaldo Sampaio

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