Ainda Sem Seus Vices

Antônio Assis
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Foto: Divulgação e Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Leonardo Lucena _PE247 – Por mais que estejamos na fase final das articulações para as convenções partidárias, os prefeituráveis Geraldo Júlio (PSB) e Humberto Costa (PT) ainda não apresentaram seus respectivos vices e mantêm a cautela ao falar sobre o assunto. Porém, pelo menos há a expectativa que essa definição possa sair nesta sexta-feira (29). O petista, inclusive, comandará, hoje, a convenção vermelha rumo à Prefeitura do Recife.

Segundo informações de bastidores, o PCdoB e o PMDB são as legendas mais cotadas para assumirem a vaga de vice do candidato socialista. Já a do PT, a indefinição é maior, até porque, desde quando o senador Humberto Costa foi homologado candidato do PT, prefere manter uma conduta mais discreta concernente às suas articulações políticas. No entanto, deverá caber ao PP – único partido que se alinhou a postulação petista – a indicação da vice.

Por outro lado, como consequência do lançamento da candidatura de Júlio, indicado pelo governador Eduardo Campos, poderia causar estranhezas entre o gestor e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, liderança máxima do PT, que deu pleno aval à candidatura de Humberto Costa.

No entanto, depois do encontro de ontem (28), em São Paulo, no Instituto Lula, os dois maiores líderes de suas legendas saíram sem mágoa aparente. Sobre esta reunião, confira o post do blogueiro do jornal Folha de São Paulo Josias de Souza:

No almoço civilizado de São Paulo, entre garfos, facas e carnes sangrentas, Lula mastigou os interesses do PT do Recife. Ficou entendido que o líder supremo do petismo pode até pedir votos para o companheiro Humberto Costa. Mas não vai hostilizar Geraldo Júlio, o candidato alternativo empinado pelo “garoto de ouro.”

O teor do bate-papo ainda não veio à luz. Porém, a julgar pelos sorrisos exibidos na foto veiculada no site do Instituto Lula, o arroubo de Eduardo Campos não produziu mágoas no anfitrião. Natural. Antes de dar as costas para a candidatura do petista Humberto Costa em Recife, o governador cuidara de entregar o tempo de tevê do seu PSB a Fernando Haddad, o candidato de Lula em São Paulo.

De resto, a aliança fechada pelo PT-SP com Paulo Maluf reforça o já sabido. Para Lula, um mal necessário não é necessariamente mal. Assim, melhor circunscrever a valentia de Eduardo à província. Lula sabe: ao governador interessa distanciar-se do PT, não dele. O rompimento dos dois é, por ora, um mal desnecessário.

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