Brasil 247 – O magnata australiano Rupert Murdoch, maior empresário de mídia do mundo, é, sobretudo, um animal político. Nos Estados Unidos, ele fez campanha tão ostensiva contra Barack Obama nas eleições presidenciais de 2008, que o candidato democrata rotulou a Fox News, de Murdoch, como um “partido político”, não como um veículo de comunicação.
Naquela ocasião, Murdoch apoiava John McCain, que foi derrotado para Obama. Hoje, quatro anos depois, o empresário australiano apoia o também republicano Mitt Romney, que tem chances reais de derrotar Obama na disputa de novembro. Essa definição da mídia como organização política inspirou o deputado Fernando Ferro (PT/PE) a criar a expressão PIG – Partido da Imprensa Golpista – que se popularizou no blog do jornalista Paulo Henrique Amorim.
Pois, neste fim de semana, Murdoch, que vinha enfrentando sérios problemas na Inglaterra, onde se viu forçado a fechar o tabloide News of the World, resolveu atacar. Um de seus jornais, o “The Daily” publicou uma matéria sobre os hábitos de Barack Obama na juventude.
De acordo com o periódico, Obama era um inveterado maconheiro, que fazia até parte do que ele e seus amigos definiam como a “gangue do baseado”, no Havaí. A reportagem está ancorada numa nova biografia sobre Obama, que já havia admitido ter experimentado a cannabis sativa.
A tese, agora, é de que seus hábitos relacionados ao uso de drogas na juventude foram muito mais intensos. Leitores do The Daily, no entanto, não ficaram muito satisfeitos com a reportagem do jornal e a apontaram como uma prova de partidarização da mídia nos Estados Unidos (clique aqui e leia e a reportagem do jornal de Murdoch).