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Leonardo Lucena_PE247- A aproximação entre o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) e o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), que comandou o Palácio dos Campos das Princesas de 1999 a 2007, tende a se intensificar. Segundo nota veiculada pela revista Veja, o peemedebista será um “convidado de honra”, para o lançamento da Comissão da Verdade em Pernambuco, que poderá ocorrer no dia 1 de junho. No final de março, ambos já haviam tido um encontro, em Brasília, tendo ali os primeiros afagos. Na oportunidade, Campos alegava que foi apenas para pedir apoio do senador, a fim de que Pernambuco recebesse sem dificuldades um financiamento de U$S 500 milhões do Banco Mundial (Bird).
Jarbas, até agora, se mostra preocupado com as gerações que estão por vir, especialmente com o futuro político do seu filho, “Jarbinhas”, que pretende se candidatar a vereador do Recife, em outubro. Dessa forma, aparentemente, o ex-governador pernambucano adota uma conduta, a fim de abrir caminhos para seu filho começar a vida partidária com boa articulação política, inclusive, com as correntes as que fazem oposição ao PMDB no Estado e na capital pernambucana.
Já no caso de Eduardo Campos, as interpretações acerca desta relação mais estreita com o peemedebista gozam de um caráter político mais apronfudado. Pois, não é de hoje que o socialista pensa no futuro, demonstrando sua ambição em poder sair candidato em uma chapa majoritária à Presidência da República, contando, inclusive, com o aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já deixou claro que apoiaria o gestor pernambucano nas eleições presidenciais 2018.
Na atividade partidária as divergências, muitas vezes, extrapolam a vida profissional e se estendem para as relações pessoais Mas não é tão comum acontecer uma reaproximação entre políticos que estão em lados opostos. Vale ressaltar que, nas eleições estaduais em 2010, Eduardo Campos derrotou Jarbas, que tentava se reeleger. Na ocasião, o socialista foi o governador mais votado do Brasil, com 82% do eleitorado, enquanto que o peemedebista amargou os 15% dos votos.Ao longo do mandato trocas de farpas deram o tom nas relações entre os dois políticos.
O fato é que enquanto um está se deixando levar também pelo sentimento de pai, o outro possui pretensão de võos mais altos, em direção ao Palácio do Planalto. Até porque o PMDB de Jarbas tem sido – e não é de hoje – um “partido-base” para quem almeja chegar à presidência da República com forte apoio político e é conhecidamente uma sigla que fica “em cima do muro”, porque, ora apoia a esquerda, ora, a direita. Todo esse estreitamento nos laços entre Jarbas e Eduardo Campos significa que o pragmatismo, característica tão marcante no cenário político brasileiro, parece estar fora de jogo. Fontes ligadas ao Palácio do Campo das Princesas confirmam a aproximação entre os dois adversários e ressaltam que, desde o começodo ano, uma espécie de acordo implícito de não agressão teria sido firmado entre os dois. Será que agora vai?