Aurora Filmes/ Reprodução
Entre 1923 e 1931, a capital pernambucana viveu um período de pioneirismo cinematográfico, quando diversos cineastas filmaram a cidade e suas histórias em um movimento chamado Ciclo do Recife. Nesta segunda-feira, às 19h, no Teatro Arraial, o projeto Cine Cabeça exibe uma série de filmes sobre a época dirigidos pelo cineasta Fernando Spencer.
Além dos filmes de Spencer, também será projetado o curta No Cenário da Vida, de Luiz Maranhã, lançado em 1931. Após a sessão, Fernado Spencer e o cineasta Amin Stepple conversam com o público em um debate.
O Teatro Arraial fica na Rua da Aurora, 457, Boa Vista. A entrada é grátis.
Veja a programação, com sinopses dos filmes:
1. No cenário da vida (1930/31). Direção: Luiz Maranhão, 10 min.
No Cais do Porto um rico industrial acompanhado por sua filha é apresentado ao jovem Rodolfo de Carvalho. Os jovens logo se apaixonam e passam a encontra-se nas noitadas do frequentado Clube Pernambucano. Rodolfo tem um rival que também está interessado na moça, por quem começam uma briga. Tempos depois, Rodolfo é acusado de um crime que não cometera e é preso por um longo período em Fernando de Noronha. Consegue fugir e persegue seu caluniador, encontrando-o no Clube. No desfecho da história, Rodolfo e a jovem ficam juntos.
2. História de amor em 16 quadros por segundo. Direção: Fernando Spencer e Amin Stepple
Documentário sobre o ciclo do Recife, um dos pioneiros surtos regionais de cinema no Brasil, ocorrido entre os anos de 1923 e 1931. A narrativa é feita através de dois importantes pioneiros cineastas Jota Soares e Ary Severo
3. Almeri e Ari- Ciclo do Recife e da Vida. Direção: Fernando Spencer
Documentário sobre o casal Ari Severo e Almeri Esteves, que atuaram nos filmes do Ciclo do Recife, entre eles Aitaré da Praia.
4. Estrelas de Celulóide. Direção: Fernando Spencer
Um encontro ficcional entre cinco atrizes do Ciclo do recife durante um chá, nos anos 20. Esse encontro é mostrado ao espectador através de quatro garotas ao resbuscarem um velho baú.
5. Sombras, Adeus. Direção: Fernando Spencer
Uma reflexão em torno do desaparecimento dos cinemas. Hoje, estes foram transformados em supermercados e estabelecimentos bancários. Fellini - a quem dedicamos este filme - fala sobre a morte do cinema pela televisão.
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