Folha-PE
Os servidores municipais de Paulista entrarão em greve a partir da próxima sexta-feira. A decisão foi tomada ontem, depois da realização de duas assembleias no Sindicato dos Servidores Municipais de Paulista (Sinsempa). Entre os 141 itens da pauta de reivindicação, os servidores querem negociar a campanha salarial de 2012, e exigem o pagamento do piso salarial nacional para os professores, de R$ 1.451.
“Não fomos convidados para negociar a nova campanha salarial. Não houve nenhum reajuste até agora”, afirmou a diretora do Sindicato, Jucineide Lira. Segundo ela, a categoria defende um reajuste de 30% neste ano. Ainda de acordo com a diretora, apenas o setor de Educação possui Planos de Cargo, Carreira e Vencimento (PCCV). “Queremos que o benefício seja estendido às outras categorias”, disse. Além do novo piso salarial, os professores da rede municipal querem a diferença dos 11% referentes ao salário do ano passado. Segundo Jucineide, a Prefeitura pagou apenas 6% dos 17% que estavam previstos.
O aviso de paralisação deixou o secretário de Administração do município, José Ricardo Rocha, surpreso. “Hoje (ontem) pela manhã recebi no meu gabinete representantes do Sindicato e falei a eles que amanhã (hoje) participaria de uma reunião com o prefeito e com a Secretaria de Finanças para a deliberação do reajuste”, revelou. Segundo ele, não há motivo para a deflagração da greve, já que a Prefeitura tem até o fim do mês para analisar a pauta de reivindicações. “São muitos pontos para analisar. É preciso verificar todos os tópicos com calma”, comentou.
Com relação ao piso dos professores, Rocha disse que a Prefeitura foi a primeira do Brasil a conceder o benefício. “Os vencimentos são sempre nos dias 30 ou 31. O novo piso começará a ser pago a partir deste mês. Eles não podem afirmar que não recebem, já que a folha de pagamento não foi fechada”, finalizou. O sindicato pretende acionar o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para resolver a reivindicação do novo piso.