Santa Cruz e Salgueiro Definem o Outro Finalista

Antônio Assis
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Felipe ResK
Folha-PE

Depois de uma semana complicada - marcada por contusões de peças importantes, médicos do clube aderindo ao silêncio e treinos secretos -, a palavra de ordem no Arruda é equilíbrio. No primeiro encontro da semifinal, no Estádio Cornélio de Barros, o Santa Cruz não conseguiu impedir a virada do Salgueiro. Hoje, atuando em casa, a partir das 20h30, o Mais Querido precisa de uma vitória simples diante dos sertanejos, para carimbar o passaporte para a decisão contra o Sport. “Não há necessidade de desespero. Precisamos nos impor, mas de forma organizada”, defende o comandante coral, Zé Teodoro. Segundo o treinador, para chegar à final, é preciso paciência e inteligência. E no quesito “usar a cabeça”, em sentido literal da expressão, não há ninguém melhor que o artilheiro Dênis Marques, com 12 gols no certame. A grande notícia para o torcedor tricolor é justamente o retorno do centroavante, que havia lesionado o pé direito antes da disputa de ida. “Ele par­ticipou dos trabalhos ontem (sábado) e não sentiu nada. Dênis Marques joga”, garante o treinador.

Nos últimos preparativos para a partida, Zé Teodoro resolveu apostar no mistério. Em plena noite de domingo, o técnico realizou mais um treino com portões fechados. “Iríamos fazer um recreativo, mas preferimos uma movimentação tática, repetir algumas jogadas para poder colocar em prática”, explica. Além disso, a lista de jogadores relacionados sequer foi divulgada. “Todos estão concentrados”, despista o treinador. As grandes dúvidas do Santa Cruz giram em torno do zaguei­ro Leandro Souza e do mar­­cador Memo, em tratamento intensivo. Vágner Silva e Sandro Manoel devem ser os substitutos, respectivamente. No ataque, Carlinhos Bala e Flá­vio Recife disputam a posição. “Vamos deixar para definir momentos antes da partida, porque alguns ainda precisam ser avaliados”, conta Zé Teodoro.

O treinador dificilmente abrirá mão do esquema com três volantes. A formação, contestada por parte da torcida, também repercute entre os jogadores do Santa Cruz. “Quando os laterais são bem marcados, sem dúvida, dificulta um pouco ficar só para mim a incubência de armar todas as jogadas”, afirma Luciano Henrique, o grande articulador do time. No entanto, no discurso de Zé Teodoro, “atitude” e “cautela” andam de mãos dadas. “O Salgueiro está junto desde o ano passado. É uma equipe forte, pesada e experiente. Precisamos ter tranquilidade para furar o bloqueio e tomar cuidado nos contra-ataques e nas bolas paradas”, justifica o comandante. Para despachar o Carcará de volta para o Sertão, Zé Teodoro investe suas fichas em jogadas pelas laterais do campo. “Renatinho e Diogo crescem muito no Arruda. A gente vai buscar o resultado pelos flancos”, antecipa.

Santa Cruz: Tiago Cardoso; Diogo, Vágner Silva (Leandro Souza), William Alves e Re­natinho; Anderson Pedra, Memo (San­dro Manoel), Chicão e Luciano Henrique; Flávio Recife (Carlinhos Bala) e Dênis Marques. Técnico: Zé Teodoro

Salgueiro: Luciano; Marcos Tamandaré, Alemão, Luiz Eduardo (Alex Xavier) e Pery; Pio, Josa, Victor Caicó e Clebson; Elvis (Edmar) e Fabrício Ceará. Técnico: Neco

Local: Estádio do Arruda (Recife)
Horário: 20h30
Árbitro: Sebastião Rufino Filho
Assistentes: Clóvis Amaral e Roberto José
Ingressos: R$ 40 (arquibancada inferior) e R$ 20 (arquibancada superior e estudante)

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