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Agência Brasil - O advogado do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, Márcio Thomaz Bastos, disse hoje (19) que não está preocupado com a integridade física de seu cliente no Presídio da Papuda, no Distrito Federal. Cachoeira chegou na manhã de ontem (18) à Papuda, vindo do Presídio de Segurança Máxima de Mossoró (RN), onde estava preso desde que foi deflagrada a Operação Monte Carlo, pela Polícia Federal, em fevereiro.
“Eu estive hoje com ele, não o conhecia, foi a primeira vez. Ele está bem. Essa ala onde ficam os presos federais é bem segura”, disse o advogado.
O Ministério Público Federal (MPF) recorreu à Justiça contra a transferência de Carlinhos Cachoeira, para o Presídio da Papuda, no Distrito Federal. Na ação, o MPF alega que a penitenciária não apresenta condições de impedir o poder de influência do preso.
Segundo Bastos, ainda não há previsão de quando o habeas corpus vai ser votado. “Ainda vai para a Procuradoria [Geral da República], deve ter uma semana, dez dias lá”. O advogado de Cachoeira disse ainda que não teve acesso aos documentos que estão no Supremo Tribunal Federal. “Esse negócio não é fácil de ler. É muita coisa. Temos uma equipe fazendo isso, sistematizando”.
Para Bastos, que já foi ministro da Justiça, não há constrangimento em defender uma pessoa acusada de participar de um esquema de corrupção. “Fui advogado por 45 anos antes de ser ministro da Justiça. Nosso sistema é baseado na presunção de inocência e no direito de todo acusado tem de ter um defensor”.