Príncipe do Barein Diz Que Cancelar GP só "Fortaleceria Extremistas"

Antônio Assis
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Foto: Getty Images


REUTERS
O cancelamento do Grande Prêmio do Barein no domingo só iria "fortalecer os extremistas", disse o príncipe herdeiro do país asiático a repórteres nesta sexta-feira, após violentos protestos pró-democracia que prometem "dias de fúria" durante o evento.
Falando à imprensa no circuito de Sakhir, ao lado do chefe comercial da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, e na frente de equipes de televisão transmitindo ao vivo para os seus países, o príncipe Salman bin Hamad bin Issa al-Khalifa deixou claro que os pedidos para que a corrida fosse suspensa seriam ignorados.
"Acho que cancelar a corrida apenas fortaleceria os extremistas", afirmou Salman.
O governo pretende usar o Grande Prêmio como uma forma de mostrar que a vida está de volta ao normal após um movimento pró-democracia ter lançado uma revolta inspirada na Primavera Árabe no ano passado. Os protestos foram inicialmente reprimidos, mas não foram eliminados, e manifestações e confrontos são frequentes.
"Para aqueles que tentam encontrar uma saída para este problema político, realizar a corrida nos permite construir pontes entre comunidades, fazer as pessoas trabalhar em conjunto. Permite-nos celebrar a nossa nação. É uma ideia que é positiva, não divisiva", acrescentou.
O príncipe fez os comentários após duas das 12 equipes terem dito que seus membros haviam visto manifestantes com bombas no caminho de volta da pista para os hotéis em Manama, capital do Bahrein.
A escuderia Force India perdeu a segunda sessão de treinos desta sexta-feira por razões de segurança, para a equipe pudesse voltar para os seus hotéis com segurança antes do anoitecer.

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