Por que a Oposição não acerta o passo?

Antônio Assis
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Conforme reconhece o ex-deputado Roberto Magalhães, não é fácil hoje no Brasil fazer oposição. A presidente Dilma Rousseff, por exemplo, tem o apoio de 80% da Câmara Federal e de 70% do Senado, e o governador Eduardo Campos de 90% dos deputados estaduais. Quem menos tem base de apoio é o prefeito do Recife, João da Costa. Mas, ainda assim, a aguerrida e barulhenta bancada da oposição, liderada pela vereadora Priscila Krause, não ameaça a governabilidade.

Tamanho da oposição não é documento porque ela se manifesta nas ruas pela voz do povo. Logo, não é por ter 30% da Câmara Municipal que ela deixaria de eleger o próximo prefeito do Recife. Seu problema é estar desnorteada em quatro importantes cidades da área metropolitana: Recife, Jaboatão, Olinda e Paulista. Na capital, não sabe se marche com um ou mais candidatos. E em Jaboatão pôs 10 candidatos na rua para enfrentar um dos prefeitos mais bem avaliados da RMR: Elias Gomes.

O cenário de Olinda é igualmente dramático. Há um candidato com poder de crescimento muito grande, que é o deputado Ricardo Costa. Mas ninguém quer abrir mão em favor dele, nem mesmo a advogada Isabel Urquisa. E o caso de Paulista nem se fala. Há um candidato do PSB (Júnior Matuto) e outro do PT (Sérgio Leite). Mas em vez de se agarrar logo com um dos dois o ex-vice-prefeito Nena Cabral formou uma frente com sete partidos, que é candidata a marchar para lugar nenhum.

Inaldo Sampaio

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