O Dia do Trabalhador

Antônio Assis
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Amanhã, 1º de Maio, é comemorado, anualmente, em vários países do mundo, inclusive com feriado nacional, o Dia do Trabalhador ou Dia Internacional do Trabalhador como também é chamado.

A origem da sua celebração está localizada numa manifestação pública de trabalhadores, realizada em Chicago (EUA) no ano de 1886, que reivindicava a redução da jornada de trabalho para oito horas, com a participação de milhares de pessoas. Naquele dia foi deflagrada uma greve geral nos Estados Unidos.

Em 3 de maio do mesmo ano houve uma pequena revolta que ocasionou conflitos com a polícia e a morte de alguns grevistas. No dia seguinte, organizou-se mais uma mobilização da classe para protestar contra os fatos anteriores, de que resultou o lançamento de uma bomba por desconhecidos que levou à morte sete agentes policiais. A reação veio na hora. A polícia abriu fogo contra a multidão, morrendo 12 manifestantes e ferindo dezenas deles. A tragédia ficou conhecida como a Revolta de Haymarket.

Anos depois, em 20 de junho de 1889, na reunião da Internacional Socialista, realizada em Paris, ficou decidido, por intermédio de proposta de Raymond Lavigne, a convocação anual de uma manifestação para conseguir a redução da jornada de trabalho diário para 8 horas.

O dia escolhido, na ocasião, foi 1º de Maio, a fim de lembrar as atividades sindicais em Chicago. Em de 1º de Maio de 1891, no norte da França, foi dispersada, por policiais, uma manifestação que causou a morte de dez trabalhadores. Os dois episódios sangrentos levaram a Internacional Socialista de Bruxelas a instituir o dia internacional dedicado àqueles que lutaram para melhorar as condições de trabalho no mundo.

Na sequência dos anos, o Senado da França confirmou em 1919 as oito horas reivindicadas e proclamou 1º de Maio feriado nacional. No ano seguinte a Rússia seguiu o exemplo francês, instituindo, também, o feriado nacional, exemplo acompanhado por outras nações.

No período (1930-1945) em que Getúlio Vargas governou o Brasil a propaganda oficial diluiu a essência de protesto dos trabalhadores constante daquele dia em anos anteriores, passando a denominar 1º de Maio como Dia do Trabalhador, comemorado com festas populares, desfiles cívicos e outras celebrações semelhantes, como shows, espetáculos, ao contrário dos piquetes e passeatas que reuniam as camadas trabalhistas em anos anteriores. 

Passou a ser, então, um momento de massificação popular, hoje sempre presente na vida nacional, reunindo sindicatos de trabalhadores, órgãos governamentais e empregadores que se juntam para homenagear um segmento significativo na construção de riquezas para o Brasil.

Folha-PE

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