O Globo
Respeitado em todos os partidos e com experiência em CPIs, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (foto abaixo), terá papel importante na ponte entre o governo e o Congresso Nacional, durante as investigações do envolvimento de políticos com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Enquanto Cardozo sobe na cotação presidencial, outros ministros vão perdendo espaço, ou prestígio público. Amigo da presidente Dilma Rousseff desde Belo Horizonte, quando ambos participavam do movimento de resistência à ditadura, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, é ouvido pela presidente nas mais diversas situações — em momentos de crise e na formulação de políticas públicas.
Dilma costuma levar Pimentel na maioria das viagens internacionais. Mas, chamuscado no meio político por causa das consultorias milionárias feitas depois que deixou a prefeitura de Belo Horizonte, o mineiro não tem sido mais um interlocutor da presidente junto à classe política.
A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que chegou ao governo para substituir Antonio Palocci, tem se desdobrado para cumprir a função de gerente do governo, como quer a presidente. É cada vez mais chamada para acompanhar as agendas da chefe e opinar nos assuntos em pauta. No entanto, não entra em campo para atuação política direta.