Falta de Estrutura é Entrave Para Mercado de Shows no Recife

Antônio Assis
0














Arruda foi bem sucedido, mas é caro para espetáculos de grande porte
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem

Felipe Lima
Jornal do Comercio

Nem bem Paul McCartney terminou de entoar os últimos versos de Golden Slumbers/Carry That Weight/The End, no último domingo no estádio do Arruda, e os recifenses já consideravam a capital pernambucana o novo polo de megashows da Terra. “Modéstia” local à parte, o fenômeno visto há uma semana – com Chico Buarque, Abril Pro Rock e Cirque du Soleil também comemorando sucesso de público – sacramentou uma fase de retomada no crescimento do mercado de shows e espetáculos no Estado. Só que a população com mais dinheiro no bolso e disposta como nunca a consumir não é suficiente para corrigir deficiências da cidade. O principal entrave é a falta de estrutura.

Há escassez de clubes e casas bem equipadas para receber shows de bandas menores, de perfil autoral ou fora dos padrões comerciais. Inexistem também espaços para realização de espetáculos de médio porte na cidade, com capacidade de 3 a 5 mil pessoas. Mesmo tendo sido um sucesso a utilização do Arruda, custear R$ 1 milhão só de aluguel (valor especulado pelo mercado) faz com que as contas para um grande espetáculo não fechem sem aportes consideráveis do poder público. 

Nesse cenário de escassez, o Geraldão faz falta. Bem localizado e com uma via larga na porta, a Avenida Mascarenhas de Morais, o ginásio é capaz de suportar 10 mil pessoas. Só que o equipamento da década de 1970 parou no tempo e hoje espera a conclusão de um projeto de reforma orçado em R$ 30 milhões para sair do limbo. Segundo a diretora-presidente do espaço, Renata Lucena, metade dos recursos foram captados via Prodetur e emendas parlamentares. Porém, não entraram no caixa ainda.

Postar um comentário

0Comentários
Postar um comentário (0)