Josias de Souza
O ministro Carlos Ayres Britto mal tomou posse na presidência do STF e já tem uma crise para administrar. Inaugurou-se na mais alta corte do Judiciário brasileiro algo que o brasileiro comum chamaria de um barraco.
Em reação a críticas que recebera de Cezar Peluso, até ontem presidente do Supremo, o ministro Joaquim Barbosa, agora vice-presidente do tribunal, pegou em lanças.
Chamado pelo colega de “inseguro” e tachado de personagem de “temperamento difícil, o relator do mensalão bateu abaixo da linha da cintura. Em entrevista à reporter Carolina Brígido, pespegou em Peluzo um lote de adjetivos tóxicos e acusou-o de manipular julgamentos.
Eis os adjetivos: “ridículo”, “brega”, “caipira”, “corporativo”, “desleal”, “tirano” e “pequeno”. E acusação: “Peluso inúmeras vezes manipulou ou tentou manipular resultados de julgamentos, criando falsas questões processuais simplesmente para tumultuar e não proclamar o resultado que era contrário ao seu pensamento.”