Brics Desponta Como Grupo Importante

Antônio Assis
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As relações internacionais direcionadas de forma conjunta pela economia e pela política terminam por criar um cenário no qual é possível enxergar atores atuantes. Alguns deles, com mais desenvoltura, terminam ocupando um espaço de hegemonia, como no caso dos Estados Unidos. Como um ciclo, os países se revezam na liderança mundial. Da metade do século passado para cá, os norte-americanos são os únicos que figuram, constantemente, no alto dessas relações.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o planeta passou a viver sob a tensão da Guerra Fria. Isso se deu pela bipolaridade resultante da existência de duas grandes potências antagônicas: os Estados Unidos e a União Soviética. Ambos assumiam suas posições baseadas, mais uma vez, em sistemas político-econômicos. A ideologia comunista do Leste Europeu, que defendia uma igualdade limitada, batia de frente com o capitalismo de livre mercado, que encarnava a liberdade como item primordial. Com a derrocada soviética, o mundo teve sua versão unipolar.

As oportunidades advindas com a globalização, junto ao golpe sofrido pelos norte-americanos no ataque terrorista de 11 de setembro, fizeram com que novos atores estatais ganhassem espaço. Para o professor de Ciência Política da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e diretor de Relações Internacionais da Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP), Marcelo Medeiros, o grupo conhecido por Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, é exemplo desse novo momento. “Nos últimos cinco ou seis anos, esses países começam a despontar como atores importantes. Principalmente a China. Historicamente, eles não fazem parte dessa elite estatal, mas começam, pouco a pouco, a mostrar um dinamismo importante. No entanto, ainda é prematuro para se falar em uma mudança profunda”, ratifica.

Folha-PE

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