João da Costa Puxou um Debate no PT Que Não Deveria Ter Puxado

Antônio Assis
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1- Sábado passado, no bairro do Ibura, Recife, “terreiro político” do deputado João Paulo (PT), o prefeito João da Costa (PT) aproveitou a terceira plenária do partido para abrir o verbo:
2- “Fui escolhido pelo meu partido e apoiado por outros 16 para dar continuidade a este projeto (de governo petista). Vamos olhar os últimos quatro anos e ver se lhe dei ou não continuidade. Então eu, por acaso, estou traindo alguma bandeira do PT?”
3- Aos olhos de um observador isento, o prefeito não traiu ninguém dentro do PT. Deu continuidade a todos os projetos iniciados por João Paulo (Parque Dona Lindu, Via Mangue, etc.) e segue a linha política do partido.
4- Entretanto, cometeu um erro político ao levantar o debate da “traição” numa assembleia partidária.
5- Por quê? Porque se esse debate ganhar as ruas, no imaginário popular o ex-prefeito (e seu desafeto) João Paulo é que teria sido “traído”.
6- Dentro dessa lógica, colar em João da Costa a pecha de “traidor” teria aderência na população por ele ser política e eleitoralmente menos forte que o seu antecessor.
7- Além do mais, João Paulo tem origem popular e se identifica mais com o “povão” do que o atual prefeito.
8- Daí o erro cometido por João da Costa ao levantar um tema (a “traição”) que não estava sendo discutido sequer no PT.
9- O partido é testemunha de que ele deu continuidade à gestão de João Paulo, com os seus erros e acertos.
10- O ponto positivo da fala do prefeito foi o que se referiu à reeleição: “Não quero terminar o meu mandato sendo o primeiro prefeito do PT, no país, a não ter o direito de disputar a reeleição”.
É isso aí.



Inaldo Sampaio

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