Vilhena Soares
Correio Brasiliense
Passar horas em frente à televisão pode aumentar as chances de desenvolvimento do diabetes, indicam estudos recorrentes. Agora, um consórcio internacional de cientistas mostra que se levantar do sofá e varrer o sedentarismo da rotina afasta mais a doença metabólica do corpo do que recorrer a medicamentos preventivos. A pesquisa foi publicada na edição de hoje da revista especializada Diabetologia. Segundo os autores, trata-se de mais uma constatação de que a mudança de hábitos provoca impactos indiscutíveis ao organismo humano.

"O sedentarismo é descrito como o tempo que se passa em atividades com baixo gasto energético, como assistir à televisão, usar o computador ou ficar sentado durante viagens. Tem sido identificado também como um potencial fator de risco para diabetes e síndrome metabólica", destacaram os autores no texto publicado na revista científica.
Um dos resultados a que chegaram foi que o aumento de exercícios físicos reduziu mais os riscos de desenvolvimento do diabetes do que a ingestão do remédio. "A mudança do estilo de vida resultou em números mais positivos em indivíduos com alto risco de diabetes em desenvolvimento", destacaram os autores. A condição dos participantes do estudos era crítica. Em média, tinham o risco aumentado em 3,4% de ter a enfermidade a cada hora dedicada à televisão.