Pernambuco 247 - O Governo do Estado de Pernambuco avalia a possibilidade de romper o contrato firmado com a Odebrecht para gerir a Arena Pernambuco. "É possível desfazer o contrato, indenizando a construtora", disse o vice-governador Raul Henry (PMDB) em entrevista à Rádio Jornal nesta quinta-feira (2). "Nós temos uma Arena de primeiro mundo em um país que não tem renda de primeiro mundo. Porque as Arenas da Europa se viabilizam", completou. Pelo contrato da Parceria Público-Privada (PPP), a Odebrechet tem o direito de gerir o estádio por um período de 30 anos.
Henry, que é responsável pelo acompanhamento das PPPs no Estado, diz que o governo está preocupado com o custo da arena sobre o tesouro estadual. Pelo contrato, o estado deverá completar o custo necessário para complementar a receita operacional anual para cobrir os gastos com a obra e os investimentos feitos no equipamento sempre que necessário. Para 2015, este ano o valor é de cerca de R$ 100 milhões e o Estado assume cerca de 70% do risco sobre este valor. Como a rentabilidade tem sido baixa - no ano passado a receita foi de apenas R$ 25 milhões – o caixa estadual tem cobrido o rombo registrado.
Em função da despesa, o Governo de Pernambuco está contratando uma consultoria para reavaliar os custos e tentar encontrar uma maneira de melhorar o desempenho financeiro do equipamento. "Ela [a consultoria] vai estudar o atual contrato com a Arena e ver como é que a gente pode reduzir custo e aumentar receita. E ver qual é o melhor caminho para o Estado se posicionar diante desse contrato. Inclusive com a hipótese de rescisão se esse for o caminho mais barato para o erário de Pernambuco", disse Henry em entrevista Blog do jamildo.