Foto: Sheyla Leal/ Agência Senado |
Diario de Pernambuco
De acordo com o doleiro Alberto Youssef, o senador e ex-presidente da República Fernando Collor (PTB-AL) recebeu R$ 3 milhões de propina referentes a um negócio da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Segundo Youssef, a propina é resultante de um contrato de R$ 300 milhões assinado em 2012 entre uma rede de postos paulista e a BR Distribuidora. As informações são do jornal Folha de S.Paulo desta terça-feira (24).
Conhecido como PP, o empresário é amigo de juventude de Collor, e foi, inclusive, ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos entre 1990 e 1992, enquanto o senador esteve na presidência. O negócio realizado tinha como meta fazer com que a rede paulista trocasse a marca, passando a integrar a rede da BR Distribuidora.
Ainda de acordo com Youssef, a propina foi arrecadada em dinheiro vivo, em três parcelas de R$ 1 milhão e repassada para Leoni, destinado a Collor. No depoimento, no entanto, o doleiro não soube especificar como o dinheiro chegaria até Collor ou apontar quais diretores da BR Distribuidora estariam envolvidos no esquema. O depoimento de Alberto Youssef foi feito entre outubro e novembro do ano passado.
Collor nega
Em nota oficial divulgada nesta terça-feira (24), o senador disse que as acusações de recebimento de propina "padecem de absoluta falta de veracidade e credibilidade". Ele ainda aponta que as informações são recolhidas e vazadas de "depoimentos tomados em circunstâncias que beiram a tortura de um notório contraventor da lei". O senador ainda reafirmou que não conhece Youssef e que jamais teve qualquer tipo de "relação pessoal, política ou empresarial" com ele.