GOVERNO QUER REVER CONTRATO DA ARENA PERNAMBUCO

Antônio Assis
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Pernambuco 247 - O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), determinou a criação de um grupo de trabalho para rever os detalhes do contrato da Parceria Público Privada (PPP) firmado entre o Governo do Estado e a Odebrecht, responsável pela construção da Arena Pernambuco. Pelo contrato atual, o Estado é obrigado a pagar uma indenização pela obra, além de cobrir a manutenção da Arena sempre que a receita anual não for suficiente para isto. Para honrar os compromissos referentes aos anos de 2013 e 2014, o  Estado a desembolsou cerca de R$ 180,7 milhões. 
"Estamos fazendo um termo de referência para contratar uma consultoria especializada. Ela terá como objetivo estudar o contrato da arena para que o governo possa fazer uma revisão dele de forma que o custo do estádio diminua para o Estado", disse o vice-governador Raul Henry, responsável pelo grupo de trabalho criado para tratar do assunto. Segundo Henry, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) deverá ser a instituição responsável pela consultoria. Ele também disse à imprensa que como o contrato é de longo prazo – 30 anos -, é normal que haja uma revisão periódica das cláusulas vigentes.
O Governo do Estado tem sido cauteloso ao tratar do assunto. O objetivo é evitar desgastes a imagem do ex-governador Eduardo Campos (PSB), falecido em agosto do ano passado. Quando governador, Campos assinou a PPP para a construção da Arena Pernambuco e da Cidade da Copa, que não saiu do papel, após avaliar que uma PPP seria a única maneira de assegurar a construção do equipamento dentro do padrão exigido pela Fifa para sediar os jogos da Copa das Confederações e da Copa do Mundo 2014.
O Consórcio Arena Pernambuco Negócios e Investimentos, formado pela Odebrecht Participações e Investimentos e pela Odebrecht Infraestrutura, informou, por meio de nota, que mantém um diálogo constante com o Governo do Estado e que o grupo de trabalho foi criado com o intuito de buscar alternativas sempre mais eficazes para a PPP.

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