Rodrigo Janot, procurador geral da República, a quem a presidente Dilma
gostaria de consultar antes de convidar seus futuros ministros, já teria em seu
poder a íntegra dos depoimentos de Paulo Roberto Costa e Alberto Yousseff dados
à Polícia Federal mediante acordo de delação premiada. No entanto, evitou
denunciar ao Judiciário os deputados e senadores supostamente envolvidos no
esquema de corrupção da Petrobras por dois motivos. Primeiro, para não empanar o
brilho das festas de Natal e Ano Novo dos ditos cujos. Segundo, porque os que
terão mandato a partir de fevereiro só poderão ser processados no STF e, os que
não foram reeleitos, na Justiça comum. De uma coisa, porém, estão convencidos
dois políticos pernambucanos que deverão brilhar em Brasília em 2015, o senador
eleito Fernando Bezerra e o futuro deputado Raul Jungmann: o Congresso vai viver
uma crise sem precedentes porque muitas cabeças irão rolar.