Estreia de 1817 - A Revolução Esquecida lota o Cinema São Luiz

Antônio Assis
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A estreia aconteceu no Cinema São Luiz, na área central do Recife
Foto: ANDRÉ NERY/MEC

Ulysses Gadêlha
Folha de Pernambuco

Foi uma catarse a estreia do telefilme “1817 - A Revolução Esquecida”, da diretora Tizuka Yamasaki, na noite deste domingo (03), no Cinema São Luiz, na área central do Recife. Com todas as cadeiras lotadas, o cinema assistiu ao relato da Revolução Pernambucana de 1817 em formato “docudrama” de um dos episódios mais marcantes da história brasileira, contado de uma maneira moderna e provocadora. “O cinema e o audiovisual estão acima da política”, bradou a cineasta, no momento em que o público reagia com animosidade às manifestações de agradecimento da equipe de produção do longa-metragem.

O filme relata a revolta nascida em Pernambuco através do olhar da personagem Maria Teodora da Costa, interpretada por Klara Castanho, que tem um caso com o mazombo Domingo José Martins (Bruno Ferrari), um dos líderes revolucionários. Também dirigido por Ricardo Favilla, o longa tem a maior parte das locações no Recife, com produção do renomado diretor pernambucano Cláudio Assis.

Tizuka comemorou o fato da estreia acontecer no Cinema São Luiz e contou da sua expectativa sobre o filme. “É lindo, é de época, a gente fez de tudo pra que essa estreia acontecesse aqui”, comenta. "A primeira coisa que a gente deverá fazer é mostrar pra todo mundo que existiu aqui uma revolução que foi extremamente importante. que naquela época brigava pela independência, pela liberdade, pela democracia, pela libertação dos escravos, pela igualdade de gênero, social. Isso continua moderno até hoje. Estou mais orgulhosa do meu país", conta a diretora.

"A revolução esquecida" foi produzido para a TV Escola e a estreia acontecerá na noite de 15 de dezembro. O ministro da Educação, Mendonça Filho, cuja presença dividiu as reações durante a cerimônia, celebrou a produção. "É um episódio pouco difundido nacionalmente, mas extremamente relevante em termos de afirmação dos valores consagrados na democracia: liberdade, pluralidade, liberdade de expressão, representatividade popular", aponta.

Há um forte discurso memorialístico e de enaltecimento da relevância desse evento, que completa 200 anos de ocorrido, para a história nacional. “Os brasileiros têm essa falta de memória histórica. Se perguntar quem foi Gervásio Pires ou Cruz Cabugá, o pessoal só acha que é nome de rua, mas eles são grandes personagens, uma história riquíssima”, conta o autor do livro “A Noiva da Revolução, Paulo Santos de Oliveira, obra que baseou o roteiro do filme.

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