Pedro Parente
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Mariama Correia
Folha de Pernambuco
A conclusão da primeira linha de refino (Trem 1) da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Suape, está garantida, mas a segunda etapa do empreendimento segue sem data prevista para começar. De acordo com o presidente da Petrobras, Pedro Parente, a decisão sobre a construção do Trem 2, que faria o empreendimento atingir a sua capacidade total de 230 mil barris de petróleo por dia, dependerá do comportamento do mercado daqui para frente.

Henry acompanhou o governador do Estado, Paulo Câmara, ontem, durante reunião com o Parente, no Rio de Janeiro. Os negócios da estatal em Pernambuco foram o tema do encontro. “As obras do Snox (equipamento para redução das emissões de poluentes) já foram autorizadas e devem ser iniciadas em breve”, completou Henry, acrescentando que o presidente Parente não deu data para a conclusão do Trem 1. Recentemente a Petrobras divulgou a contratação da empresa Qualiman para retomar as obras do Snox, que deve entrar em operação em junho de 2018. "É muito importante que a Refinaria tenha sustentabilidade. Apesar de toda a crise pela qual passou o Brasil e, principalmente, a Petrobras, o presidente se mostrou aberto à manutenção dos investimentos que a empresa tem no nosso Estado", avaliou o governador, em nota emitida pela sua Assessoria.
A venda da Petroquímica Suape e da Companhia Integrada Têxtil (Citepe) à Alpek também esteve na pauta. A negociação ainda depende do aval do Cade, mas o presidente da Petrobras garantiu ao representantes de Pernambuco "que todos os entraves jurídicos já foram superados". Em março passado, a venda do empreendimento foi aprovada em assembleia dos acionistas da Petrobras. A transação tem valor total de US$ 385 milhões (R$ 1,2 bilhões), muito abaixo do montante investido do empreendimento, aproximadamente R$ 9 bilhões. Por esse motivo ela chegou a ser suspensa pela Justiça. Parente adiantou ainda os interesses do grupo mexicano em ampliar investimentos nas duas unidades em Pernambuco.