Procurador Cristiano Pimentel afirmou que há outras formas de punir os prefeitos (Foto: Rafael Furtado/Folha de Pernambuco)
Blog da Folha
Apesar da decisão do Supremo Tribunal federal, que limitou a atuação dos tribunais de contas, o Procurador do Ministério Público de Contas do Estado, Cristiano Pimentel, e a conselheira do Tribunal de Contas do Estado Teresa Duere não jogam a toalha. Mesmo que o caminho seja mais longo, eles afirmam que há outras formas de punir os prefeitos ordenadores de despesa, a partir de trabalho conjunto com outros órgãos, como o Ministério Público. Em entrevista àRádio Folha FM 96,7, nesta segunda-feira (22), os dois se mostraram críticos à decisão do Supremo Tribunal Federal, que fragiliza as decisões dos TCEs.

“Nós não aceitamos isso. Nós estamos lutando contra isso. Todos tribunais do Brasil. Temos a sorte de ter o presidente nacional do tribunal de contas, Valdecir Pascoal”, citou Teresa Duere.
A conselheira do TCE-PE afirmou que, quando precidiu a Casa, tinha a intenção de preparar os vereadores para serem parceiros dos tribunais, ajudando assim a diminuir a influência política do prefeito na Câmara. Mas que esse é um processo longo.
Ela também criticou a declaração do ministro do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, que teria chamado de “bêbados” autores da legislação eleitoral
“Acho que o ministro foi infeliz nas declarações dele. Prefiro ficar com as declarações de Barroso, que diz que a Lei da Ficha Limpa é uma lei sóbria. Uma lei que veio das mãos da cidade com mais de um milhão de assinaturas. Então é uma lei que merece respeito. Ela tem que sobreviver”, afirmou.