A insegurança no Recife Antigo

Antônio Assis
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Osvaldo Matos de Melo Júnior*

Será que a Ilha do Recife Antigo é tão difícil de ser uma Ilha de segurança?

Acessos apenas através de pontes ou de barcos. Maior parte dos prédios ocupados, ruas bem traçadas. Pontos de observação bem definidos, câmeras espalhadas em pontos estratégicos, pouca área a ser policiada. Delegacia, Policia Militar, Policia Federal, Justiça e MP bem pertinho.

Junto com a praia de Boa Viagem, que reconheço ser bem mais difícil de garantir a segurança, a Ilha do Recife Antigo é o principal ponto turístico da nossa cidade. Visitada diariamente por quem passa pela nossa capital para negócios, tratamento, compras, trabalho, eventos e lazer. Tudo que acontece nesse pedacinho da nossa terra dos altos coqueiros repercute no Brasil e no mundo e mancha nosso Recife com fatos que assustam e afastam os visitantes. Ou na hora da escolha você e o mundo não procuram saber sobre a segurança dos locais que quer visitar?

Estava no Recife antigo com amigos de Sampa que visitavam nossa cidade pela primeira vez e vi o pânico nos seus rostos no último arrastão, eu também fiquei em pânico, já que diante de cena tão vergonhosa e ultrajante para nossa bela terrinha, ainda fica o medo de um tiro e balas perdidas.

O que falta? Será que pelo menos nesse pequeno território turístico e essencial para os recifenses não podemos ter paz. Em todos os pontos turísticos do mundo temos uma presença e ações de policia mais intensas, os guias nos informam que até determinado ponto é seguro e podemos ficar tranquilos, isso na Europa, Ásia, América do Norte, África e até no Chile, Argentina, Peru e Colômbia.

Quando vamos ver o mínimo sendo levado a sério pelos que comandam a nossa segurança?

Vão algumas dicas:

1 – Equipes de policiais na entrada de cada ponte de acesso ao Recife Antigo, revistando quem entra e quem sai. Essas equipes devem ser posicionadas em locais que não permitam ninguém escapar das revistas.

2 – Policiais em plataformas elevadas com binóculos que filma e rádios acionando patrulhas moveis de 4 policiais em distribuídos em pontos estratégicos.

3 – Cavalaria circulando em pontos mais distantes do Marco Zero e imediações, permitindo mais ostensividade e mobilidade. Os cavalos das cidades turísticas usam uma espécie de fraldão para evitar que sujem as ruas.

4 – Policiais nos telhados dos prédios operando drones que custam em torno de mil dólares, que enviam vídeos para central de monitoramento e comando.

5 – Barcos da Policia Civil e dos bombeiros que podem ser emprestados para a PM circulando pelos acessos dos rios para evitar que marginais cheguem a barcos.

6 – Pequenos cães farejadores circulando para encontrar drogas e farejar pontos de consumo.

7 – Delegacia de plantão 24 horas com apoio do MP e da justiça, na Rua do Bom Jesus para tomar medidas imediatas de abertura de procedimentos para os brigões e criminosos pegos pelos policiais.

8 – Policiais civis da inteligência disfarçados e com apoio circulando pelas imediações.

9 – Viaturas descaracterizadas em pontos estratégicos com policiais.

Tudo isso é impossível? Quanto custa manchar a imagem da nossa cidade quase que diariamente? O Recife antigo é um local lindo, nosso símbolo para o Brasil. Acordem senhores gestores!

*Publicitário e Sociólogo

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