José Marques
Folha de São Paulo
Então candidato à reeleição no Rio, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) garantiu que não teria aumento do IPVA. Em evento da Federação de Comércio do Estado, em agosto de 2014, ele disse: "Eu não vou ser irresponsável de prometer o que não vou poder cumprir".
Folha de São Paulo
Então candidato à reeleição no Rio, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) garantiu que não teria aumento do IPVA. Em evento da Federação de Comércio do Estado, em agosto de 2014, ele disse: "Eu não vou ser irresponsável de prometer o que não vou poder cumprir".
Pouco mais de um ano depois, em outubro, ele sancionou a lei que sobe a alíquota do imposto para veículos. Para carros flex, por exemplo, passou de 3% para 4%.
Como Pezão, ao menos seis outros governadores tomaram, em menos de um ano, decisões opostas aos compromissos feitos durante a campanha eleitoral, sob a justificativa de melhorar o caixa do Estado em ano de recessão.

Na campanha, para conquistar o voto dos terceirizados, Rollemberg havia gravado vídeo em que dizia que o número desses trabalhadores não diminuiria.
"Hoje, nos setores onde trabalhavam quatro pessoas, agora trabalham duas ou três", diz Antônio de Pádua, um dos diretores do sindicato que representa a categoria no Distrito Federal.
O governo informou que, em setembro, pediu que as secretarias reduzissem 25% de custeio e de valores dos contratos corporativos.
Já o governador pernambucano Paulo Câmara (PSB) tinha como proposta uma tarifa de bilhete único para a Grande Recife de R$ 2,15, mas reajustou o valor das linhas antes de completar 15 dias no governo. A principal, do Anel A, passou a custar R$ 2,45.
Três outros governadores enviaram "tarifaços" às Assembleias Legislativas para compensar a queda de arrecadação. Em Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT) prometeu reduzir o ICMS sobre energia elétrica, mas incluiu no pacote fiscal um aumento de 18% para 25% nos estabelecimentos comerciais.