247 - A presidente Dilma Rousseff disse, neste sábado (26), em Nova York (EUA), que o governo está "extremamente preocupado" com a escalada do dólar devido às empresas endividadas na moeda americana. Mas ela ponderou que "o Brasil hoje tem reservas suficientes para que nós não tenhamos nenhum problema em relação a nenhuma disruptura por conta do dólar".
O dólar atingiu R$ 4,249 na quinta-feira, o maior valor da história do Plano Real, mas depois recuou. A moeda à vista, referência no mercado financeiro, fechou na sexta em baixa de 3,49%, para R$ 3,974 na venda. Na semana, a moeda acumulou alta de 1,46% —a sexta semana seguida de alta.

O BC realizou nesta sexta dois leilões de novos contratos de swaps cambiais, que movimentaram juntos cerca de US$ 1,971 bilhão. A operação equivale a uma venda futura de dólares. A autoridade também deu sequência a sua atuação diária para estender o prazo de papéis já existentes, que girou em torno de US$ 443,1 milhões.
Conselho de Segurança
Dilma defendeu uma reforma no Conselho de Segurança da ONU. Ela falou com jornalistas após participar de uma reunião com líderes do Japão, Alemanha e Índia para tratar do tema.
"A reforma do Conselho de Segurança da ONU permanece como a principal questão pendente na agenda da ONU. Nós precisamos de um conselho que reflita adequadamente a nova correlação de forças mundial", afirmou a presidente.
Brasil, Alemanha, Japão e Índia formam o chamado G4, grupo criado para pleitear mudanças no Conselho de Segurança. Atualmente, o órgão conta com cinco integrantes fixos: Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China, além de outros dez países que são rotativos e mudam a cada dois anos.
"Precisamos de um Conselho de Segurança representativo, legítimo e eficaz. Reafirmo nessas palavras iniciais o firme compromisso do Brasil com o G4, com o nosso objetivo comum de fortalecer o sistema multilateral de paz e segurança", continuou Dilma.