Abandono é um tipo de violência frequente contra idosos

Antônio Assis
0
Marcel Tiburcio Correia prentede encontrar a filha
Sergio Bernardo/JC Imagem

JC Online

O securitário aposentado Marcel Tiburcio Correia, 74 anos, tenta entender por que a família não o procura mais há praticamente um ano. Ele mora no Abrigo Cristo Redentor, no município de Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife. Foi encaminhado pela filha para a instituição em abril de 2009. “Meu desejo é reencontrá-la. Vivo deprimido, angustiado e com uma ansiedade tremenda por causa dessa minha situação”, conta Marcel. Os funcionários do abrigo já ligaram para todos os números que a filha deixou e também foram ao endereço residencial que está no cadastro de Marcel. “Não conseguimos localizá-la. A informação que temos é que se mudou”, diz a gerente do Cristo Redentor, Cristiane Melo. 

Ao relatar a situação de Marcel, ela chama atenção para o abandono – uma forma de maus-tratos que ficou em evidência ontem, no Dia Mundial do Combate à Violência Contra a Pessoa Idosa. “Muita gente pensa que violência é apenas aquela em que há uso da força física, mas há as agressões verbais e financeiras, bastante relatadas pelo público do nosso abrigo”, diz Cristiane. Já o abandono se caracteriza pela omissão dos responsáveis governamentais, institucionais ou familiares de prestarem amparo a um idoso que necessite de proteção.

Postar um comentário

0Comentários
Postar um comentário (0)