Um ano depois, Abreu e Lima ainda exorciza o trauma da greve da PM

Antônio Assis
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Maíra Baracho
Diário de Pernambuco

Para a população local, as lembranças dos dias caóticos de greve jamais serão esquecidas, provocando uma mistura de tristeza e vergonha. Foto: Allan Torres/Arquivo DP/D.A Press

Treze de maio de 2014. Há um ano a Polícia Militar deflagrava a greve que marcou Pernambuco e espalhou, durante 50 horas, uma onda de insegurança pelo estado. Para os moradores de Abreu e Lima, município da Região Metropolitana do Recife, com uma população aproxidada de 95 mil habitantes, as lembranças daqueles dias caóticos ainda pairam e as cenas do vandalismo que tomou conta da cidade jamais serão esquecidas. 

Já era noite da terça-feira quando a PM anunciou a paralisação da categoria. No dia seguinte, 14 de maio, Abreu e Lima comemorava seu 32° aniversário e o comércio havia fechado as portas mais cedo. O gerente de uma loja de calçados, Tiago Moura, já estava em casa quando foi surpreendido com a notícia de que a empresa havia sido saqueada. “Recebi uma ligação e quando cheguei ainda estava acontecendo. Não tinha o que fazer, o policiamento não dava conta e tivemos que esperar eles terminarem. Levaram tudo. Foi um prejuízo de R$ 200 mil e quatro dias de portas fechadas antes de recomeçar do zero”, lembra. 

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