Resultados tímidos do Pacto pela Vida podem contaminar os projetos políticos do PSB

Antônio Assis
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Governador diz que espera "mais" do programa. Foto: Alcione Ferreira/DP/D.A. Press

Marisa Gibson
Diário de Pernambuco

O Pacto pela Vida ainda tropeça. Os melhores números do programa, no mês de abril, uma pequena queda nos crimes violentos em relação a março - 323 homícídios contra 334 - foram recebidos como “muito tímidos” por parte do governador Paulo Câmara (PSB). Na reunião do Comitê Gestor do programa, que completa oito anos de criação nesta sexta-feira, o governador disse que uma vida que for salva é importante, mas que “espera mais” para o mês de maio. Sem fugir ao seu estilo comedido, Paulo fez uma fala forte durante a reunião, lembrando que o cenário de recessão nacional não ajuda, mas que o estado fará o que estiver ao seu alcance para recolocar o Pacto pela Vida como um programa referência no combate à violência. Nos últimos quatro meses, Paulo participou de todas as reuniões do Pacto numa tentativa de romper a inércia que atingiu o programa, desde meados do ano passado. Paulo herdou não apenas números negativos mas com uma preocupante tendência ascendente e, para reverter a situação, mexeu nas equipes, implantou medidas para melhorar os diversos indicadores, mas a reação positiva não só demorou a acontecer como chegou em doses homeopáticas. Vitrines das gestões socialistas para o país, Pernambuco e o Recife não podem perder a guerra contra a violência, sob pena de contaminarem projetos políticos do PSB nas próximas disputas eleitorais. Hoje, durante cerimônia no Palácio das Princesas, o governador anuncia um conjunto de medidas na área da prevenção, com destaque para as drogas, que ficarão sob o comando da Secretaria de Desenvolvimento Social.

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