Dia Mundial da Água: Sociedade civil se mobiliza para torneira não secar

Antônio Assis
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BBC Brasil

Edison Urbano ainda estranha ser chamado de professor, mesmo quando está diante de uma turma em uma sala de aula em um centro cultural na zona norte de São Paulo.

Na quinta-feira, ele ensinava moradores da região a captar água da chuva para usar se a torneira secar -algo comum em muitas partes da capital paulista desde meados do ano passado, quando foi aplicada uma diminuição da pressão na rede de abastecimento.

Urbano aprendeu por conta própria a fazer uma minicisterna com tonéis, tubos de PVC e telas de mosquito para coletar, filtrar e armazenar a água da chuva.

Há cinco meses, dedica-se quase integralmente a ensinar como montar este sistema como um dos coordenadores do Movimento Cisterna Já, uma das várias organizações sociais criadas em São Paulo desde que a água começou a faltar, no ano passado.

Os reservatórios baixaram a níveis inéditos e, neste domingo, o Estado passa pelo segundo Dia Mundial da Água -celebrado todo 22 de março- consecutivo em meio a uma crise hídrica sem precedentes.

"Quis agir para reverter ou amenizar a situação. Temo que, sem água, a gente acabe em uma guerra civil, porque vai faltar alimento também. É esse medo que me move", afirma Urbano.

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