Local histórico do futebol pernambucano pode estar com seus dias contados (Foto: Peu Ricardo)
Blog de Primeira

“A Justiça mandou o despacho para os imóveis de número 3107 e 3087, mas esse segundo não foi motivo de leilão. Informamos sobre o erro, mas não foi feito nada. As metragens do imóvel também divergem das metragens colocadas no documento. Vamos tentar uma liminar na Justiça, tentando um agravo de instrumento no Tribunal Regional Federal. Se rejeitarem vamos procurar o STJ e ainda vamos acionar o Conselho Nacional de Justiça, mostrando as arbitrariedades do caso”, afirmou o presidente do América.
Celso Muniz até tentou, mas foi inevitável não imaginar o pior. Com a ordem de desocupação confirmada, o presidente lamentou o pouco tempo que o América teve para formular a defesa. “Tudo foi feito de uma forma muito rápida. Isso é um estupro que está acontecendo com o América. Temos troféus de 1918, 1923 que não podem sair assim, sem uma preparação maior. Eles são antigos e podem ser danificados na retirada. Gostaríamos de mais tempo, mas por enquanto pensamos em tirá-los para colocar em outro local”.
O risco de ver a sede, inaugurada em 1951, ser demolida, também preocupa o mandatário. “Isso seria de uma arbitrariedade absurda. Quem comprou o imóvel ainda não é proprietário e sim arrematante. Ele só será dono quando pegar a carta de arrematação e registrar no cartório de imóveis. Se eles demolirem o imóvel, será de forma ilegal”, argumentou. “Conheço quem arrematou o imóvel e sei que ele é uma pessoa de boa índole. Acontece que ele foi iludido nesse processo por pessoas de má fé, que esconderam todas essas ilegalidades. Vamos conseguir provar tudo isso na Justiça”.