CÂMARA RECONHECE QUE SITUAÇÃO ESTÁ "APERTADISSÍMA"

Antônio Assis
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Pernambuco 247 - O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), reconheceu que a situação financeira do Estado está "apertadíssima". Segundo ele, as dificuldades decorrentes dos ajustes fiscais anunciados pelo Governo Federal devem chegar R$ 1 bilhão/ano. "Estamos apertadíssimos. Na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) estamos enquadrados em todos os indicadores. Não temos atraso de folha, fizemos o dever de casa. Cortamos, tiramos os excessos", disse o governador em entrevista ao jornal Valor Econômico publicada nesta sexta-feira (13). Ele também disse que a aliança com o PSDB nas últimas eleições foi feita de maneira pontual e que "que não há uma identificação" com a ideologia partidária tucana.
Segundo ele, a maior preocupação no momento é assegurar o volume de investimentos que o Estado vinha realizando nos últimos anos. "Tínhamos uma média de investimento de R$ 600 milhões por ano, em 2007, elevamos esse patamar para R$ 3 bilhões em 2014, multiplicamos por cinco. O desafio é evitar que o valor desse investimento caia", ressaltou o socialista.
Câmara disse que os investimentos de 2014 foram efetivados por meio de recursos próprios, convênios com a União e através de operações de crédito. Agora, a situação deverá ser adversa uma vez que o Governo federal já sinalizou que deverá restringir as operações de crédito para preservar o superávit primário."Temos as parcerias em andamento, de convênios com a União, não temos ainda a dimensão de quanto serão os cortes, mas deve ser algo muito forte", disse o governador.
Câmara também voltou a reafirmar que o PSB deverá manter sua independência no Congresso nacional. "Tínhamos uma maneira de pensar, ideais que não se acabam do dia para a noite", justificou. Ele também ressaltou que a aliança com o PSDB nas últimas eleições presidenciais não implica em um alinhamento automático do partido com a bancada de oposição. Nossa identificação com o PSDB foi uma coisa pontual, ali no segundo turno da eleição. Não é uma coisa com que nós nos identificamos", afirmou. Câmara, que também é vice-presidente nacional do PSB, nega que o PSB esteja buscando uma reaproximação com o PT.

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