Rosália Rangel
Diario de Pernambuco
Enquanto as equipes do atual governo e da próxima gestão cuidam da parte mais burocrática da transição, o governador eleito Paulo Câmara (PSB) se debruça na restruturação da máquina pública. Recém-saído do governo estadual, o socialista conhece bem o modelo de gestão, implementado em 2007, e os projetos que estão em andamento no estado. Câmara se afastou do cargo de secretário da Fazenda em abril deste ano para ser candidato da Frente Popular ao governo de Pernambuco.
“Minha preocupação é com a estrutura (da máquina) porque só depois que fizer isso é que vou poder escolher os nomes para compor o secretariado”, explicou o futuro governador. A ideia do socialista é de fazer o anúncio da equipe no dia 15 dezembro, a exemplo do que fez o ex-governador Eduardo Campos quando venceu a eleição de 2006.
Sobre o novo secretariado, Paulo Câmara tem evitado antecipar nomes. Mesmo assim, muitas especulações estão sendo feitas a respeito dos seus auxiliares. “Nada do que está sendo dito procede”, afirmou, referindo-se às apostas que têm circulado na imprensa. Na semana passada, quando questionado sobre o assunto, Câmara adiantou ter a intenção de oxigenar a equipe, escalando novos quadros.
Mas disse também que deverá manter secretários do atual governo, alguns deles, inclusive, remanescente do governo de Eduardo Campos, morto há três meses em um acidente aéreo. Além da escolha dos nomes, a expectativa nos próximos dias é em relação à fórmula que o futuro governador irá usar para promover as mudanças que acha necessárias na estrutura da máquina pública. A intenção dele é de dar à gestão a cara do seu governo.