Refinaria Abreu e Lima inicia testes nesta sexta-feira

Antônio Assis
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Rocheli Dantas
Diario de Pernambuco


A Refinaria Abreu e Lima (Rnest), localizada no Complexo Industrial Portuário de Suape, inicia nesta sexta-feira (5) a fase de testes da operação. Às 10h, atraca no Porto de Suape o primeiro navio transportando petróleo para o empreendimento. Inicialmente, o processo estava previsto para esta quinta (4). Porém, a Petrobras informou que, apesar da embarcação estar apenas aguardando a atracação no ancoradouro, houve uma mudança na operação.

Ao todo, o cargueiro está trazendo 60 mil toneladas de óleo bruto, além de seis mil toneladas de uma mistura de petróleos,conhecida como blend. O material será descarregado no Píer de Granéis Líquidos (PGL3) e, por meio de uma tubovia, seguirá para a Rnest.

No local será dado início ao processo de refino do petróleo, que será transformado em derivados. Vale ressaltar que esta será a unidade com maior taxa de conversão de óleo cru em diesel (70%) apta a processar 230 mil barris por dia de petróleo pesado. O local também produzirá gasolina, coque, nafta, querosene e gás de cozinha. A fase de avaliações e ajustes do empreendimento da Refinaria do Nordeste, como também é conhecido o projeto, segue até novembro, quando a primeira etapa será inaugurada. O que se espera é que a operação como um todo esteja em pleno funcionamento no próximo ano.

Ajustes

Para o sucesso da operação, alguns ajustes foram realizados ao longo da semana. A Companhia Pernambucana de Gás (Copergás), por exemplo, deu início ao fornecimento de gás do projeto. O abastecimento será gradual. Inicialmente, serão ofertados 300 mil metros cúbicos por dia. Quando o empreendimento estiver funcionando a todo vapor, serão 1,9 milhão de metros cúbicos diários.

A construção do empreendimento teve início em 2005. Quando anunciado, o projeto previa uma parceria entre a Petrobras e PDVSA, estatal venezuelana. O que se esperava era que 40% dos custos fossem arcados pelo país vizinho. Porém, o acordo não foi levado adiante e a petrolífera brasileira incorporou o projeto e arcou com os custos do projeto, que passaram por diversos reajustes ao longo dos anos. Inicialmente, o montante era estimado em US$ 2,3 bilhões. No último balanço divulgado pelo governo federal, o valor subiu para US$ 17,3 bilhões.

O projeto também ficou conhecido pelo grande número de empregos gerados. No pico de obras, 40 mil trabalhadores atuavam no local. As desmobilizações dos canteiros foram iniciadas no início deste ano. Isto porque, na fase operacional, o número de empregados cai para mil. A partir daí, o que se espera é que seja dado início à fase de manutenção, que demandará novos funcionários, porém, atuantes na cadeia de fornecedores. Pelos cálculos do setor, a cada trabalhador da Refinaria Abreu e Lima devem ser gerados três empregos no setor.

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