O governo de Netanyahu alega que os ataques a Gaza são legítima defesa. Como se a situação tivesse começado com lançamento de mísseis pelo Hamas.
O argumento, para início de conversa, tem um déficit original: ao menos desde 1967, quando tomou a força territórios árabes, Israel é o Estado agressor. Os palestinos, desde então, são os que possuem direito natural à auto-defesa e à rebelião, como está escrito na Carta das Nações Unidas sobre povos submetidos a situação colonial.

Terceiro, não se pode considerar "direito de defesa" um massacre como o que está em curso, com mais de 1,5 mil palestinos mortos, a maioria civil, incluindo mulheres e quase trezentas crianças, além de ataques a edifícios sob controle das Nações Unidas.
Estes três argumentos são suficientes para desmascarar o suposto caráter defensivo da escalada em Gaza. O nome do que faz o governo de Israel é crime de guerra.