Júlia Schiaffarino
Diario de Pernambuco
Cada voto brasileiro nas eleições deste ano deverá custar aos candidatos à Presidência da República R$ 6,4 reais. O número pode parecer pouco se visto de maneira isolada, mas as cifras totais são milionárias e comparadas ao que foi investido durante a campanha de 2010 tem-se um crescimento quase duas vezes superior ao da inflação acumulada neste período. Nos últimos quatro anos o aumento inflacionário foi de 30,65%, já a alta nas previsões de gasto declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelos postulantes ao Palácio da Alvorada subiu 89,9%. São R$ 916,4 milhões contra os R$ 482,5 milhões daquele ano.
Dos dez candidatos ao cargo, três concentram 80,5% da verba que é oriunda de doações e do fundo partidário. A presidente Dilma Rousseff (PT) tenta a reeleição pretendendo gastar R$ 298 milhões, o senador Aécio Neves (PSDB) também disputa o cargo, com gastos previstos de R$ 290 milhões e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) entra na corrida apostando R$ 150 milhões.
“A entrada de Eduardo Campos na disputa ajudou a fazer subir esse total. Se em 2010 eram apenas dois candidatos competitivos, agora são três”, comentou o economista Marcelo Barros que fez os cálculos para esta matéria a pedido do Diario. No caso da disputa ao governo de Pernambuco, o valor do voto será de R$ 7,89 reais. Os candidatos ao governo Paulo Câmara (PSB) e Armando Monteiro Neto (PTB) irão concentrar 98,9% dos R$ 50,02 milhões que deverá ser gasto.
Para o cientista político, Leonardo Barreto, quanto maiores os gastos, maior a priorização do marketing em detrimento dos conteúdos programáticos. Um cenário que tem respaldo, de acordo com ele, na obrigatoriedade do voto. “O voto obrigatório inclui um universo de eleitores que não têm interesse por política. São votos sem qualidade, que o marketing busca com as piadas e campanhas festivas e o voto deles sai caro”, analisou Barreto, que citou o caso de Tiririca, eleito deputado federal por São Paulo em 2010 com o slogan “Vote em Tiririca, pior do que está não fica”.
Dos dez candidatos ao cargo, três concentram 80,5% da verba que é oriunda de doações e do fundo partidário. A presidente Dilma Rousseff (PT) tenta a reeleição pretendendo gastar R$ 298 milhões, o senador Aécio Neves (PSDB) também disputa o cargo, com gastos previstos de R$ 290 milhões e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) entra na corrida apostando R$ 150 milhões.
“A entrada de Eduardo Campos na disputa ajudou a fazer subir esse total. Se em 2010 eram apenas dois candidatos competitivos, agora são três”, comentou o economista Marcelo Barros que fez os cálculos para esta matéria a pedido do Diario. No caso da disputa ao governo de Pernambuco, o valor do voto será de R$ 7,89 reais. Os candidatos ao governo Paulo Câmara (PSB) e Armando Monteiro Neto (PTB) irão concentrar 98,9% dos R$ 50,02 milhões que deverá ser gasto.
Para o cientista político, Leonardo Barreto, quanto maiores os gastos, maior a priorização do marketing em detrimento dos conteúdos programáticos. Um cenário que tem respaldo, de acordo com ele, na obrigatoriedade do voto. “O voto obrigatório inclui um universo de eleitores que não têm interesse por política. São votos sem qualidade, que o marketing busca com as piadas e campanhas festivas e o voto deles sai caro”, analisou Barreto, que citou o caso de Tiririca, eleito deputado federal por São Paulo em 2010 com o slogan “Vote em Tiririca, pior do que está não fica”.