Candidatos já buscam os serviços das mídias sociais

Antônio Assis
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Anderson Bandeira
Folha de Pernambuco

A quatro meses das eleições deste ano e os pré-candidatos tentam massificar seus nomes e angariar votos de todos os lados. E como a legislação eleitoral ainda não permite a campanha nas mídias tradicionais, é crescente cada vez mais o uso das redes sociais. No Brasil, segundo o Nielsen Ibope, há hoje 58,2 milhões de internautas com acesso à internet, sendo 45 milhões conectados às redes sociais. Cientes do potencial dessa mídia – que veio à tona mais especificamente após as manifestações do ano passado – os pré-candidatos têm buscado atrair essa legião de eleitores cada vez mais influenciados pelo mundo cibernético.
De acordo com o analista de sistema e web desenvolvedor, Marcelo Oliveira, está cada vez mais frequente a procura desses espaços por parte dos candidatos, principalmente, em período eleitoral e a tendência, na sua avaliação, é aumentar com o passar dos anos. Segundo ele, a demanda está tão grande que foi necessário criar “o Web Políticos” – um produto, criado pela empresa Recife Sites, voltado para os políticos na qual eles podem obter, em poucos dias, uma página oficial na internet integrada a todas as redes sociais.
Segundo Oliveira, quatro parlamentares já procuraram o serviço. Ele atribui a grande busca aos “benefícios que a internet pode oferecer”. “Ela (a internet) pode proporcionar a um candidato de pouca expressão que ele tenha a mesma visibilidade dos outros. Na internet eles têm mais espaço do que na televisão ou no rádio e o eleitor pode conhecer mais sobre o seu candidato”, avaliou.

Em Pernambuco, alguns casos de adesão para fins eleitorais também já podem ser vistos comos dois principais candidatos ao Governo, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) e o ex-secretário estadual da Fazenda, Paulo Câmara (PSB). Ambos, já têm fanpages na web para interagir, debater e compartilhar propostas com os eleitores. “É importante estar conectado porque a rede está no processo de expansão e em algum momento será fundamental”, avaliou o deputado federal Pedro Eugênio (PT), adepto das novas tecnologias e que também pretende utilizá-la para sua campanha à reeleição.
Na corrida presidencial, a presidente Dilma Rousseff (PT), o senador Aécio Neves (PSDB) e o ex-governador Eduardo Campos (PSB) também já aderiram a web 2.0. A petista intensificou o seu foco após as manifestações de 2013, iniciadas nas redes sociais. A mobilização, que levou milhares de pessoas às ruas e gerou um desgaste à classe política, revelou o poder que estas ferramentas vêm exercendo na sociedade. Em nível mundial, as redes já demonstraram, em outros momentos, a sua potencialidade, como por exemplo ao contribuir para a vitória de Barack Obama nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2008.

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