Olhar Digital
Nesta terça-feira, 10, acontece a final do primeiro campeonato mundial de programação, o Hello World Open, que será realizado na Finlândia. E o Brasil tem duas equipes entre as oito finalistas.
Organizado pela companhia de tecnologia criativa Reaktor e pela desenvolvedora de jogos móveis Supercell, o evento contou com cerca de 2,5 mil equipes divididas por regiões. No caso dos brasileiros, eles deixaram para trás mais de 500 times para chegar à final e, caso ganhem, levarão € 10 mil em prêmios.
O desafio consiste em criar um sistema de inteligência artificial para guiar um carrinho de autorama em corridas sem controladores. O sistema teria de ser bom o suficiente para antever curvas e condições da pista, programando de forma certeira os momentos de aceleração e frenagem.

Seu time conta também com Caetano D’Araújo e Pedro Jesus. Junto com a dupla Luca Mattos Möller e Diogo Holanda, da equipe Itarama, são os cinco que representam o Brasil na reta final. Caetano e Thiago conversaram com o Olhar Digital e ambos concordam que o país está carente desse tipo de iniciativa.
"No Brasil não há tantos investimentos. O foco é muito no meio acadêmico ou profissional voltado a soluções empresariais. Não tem muito entretenimento", avalia Caetano, que conhece gente que se lançou no mercado de entretenimento mas teve de fechar a empresa por falta de interesse dos investidores.
As empresas também precisam de uma mentalidade mais aberta, segundo eles. O local onde trabalham, que dá nome à equipe, incentivou a participação, mas não cedeu espaço no horário de trabalho. "Eles deram o apoio, o incentivo, mas a gente desenvolveu tudo nas horas vagas, porque é uma empresa pequena e a demanda está grande, a gente não consegue tirar muito tempo da hora de trabalho."