Fellipe Torres
Diário de Pernambuco
A história do Brasil passou a ser contada de maneira diferente há 80 anos, quando um jovem e polêmico sociólogo revolucionou a interpretação do país. Lançado em 1º de dezembro de 1933, Casa-Grande e senzala, primeiro livro do pernambucano Gilberto Freyre (1900-1987), quebrou barreiras ao aliar ciência e literatura, inovar no enfoque de infindáveis assuntos e na multiplicidade de fontes de informação sobre a realidade material e imaterial brasileira. Deste domingo a quinta-feira, o Viver publica série de reportagens sobre um dos mais relevantes estudos sociais já escritos.
A cada roda de capoeira ou de samba, a cada prato de feijoada ou de bacalhau à Zé do Pipo, a cada maracatu ou caboclinho, o Brasil reafirma a condição de miscigenado. Difícil é se assumir brasileiro e não deixar transparecer influências culturais as mais diversas, sobretudo de origens indígenas, portuguesas e africanas. Essa condição aparece escancarada em Casa-Grande & senzala, lançado há 80 anos, de modo a refletir como a mistura das raças se fundiu em uma identidade nacional.