
Da participação dos empregados no lucro das empresas, nem o Partido Comunista do Brasil, aliado do PT, trabalha em algum projeto. Sonho de noite de verão, assim como o salário-família, que devia ser universal e viu-se reduzido ao bolsa-família, restrito e insuficiente. A ilusão de remédios populares, produzidos por laboratórios estatais a preços módicos, terminou na farsa dos “genéricos”, cada vez mais caros. Pior a tentativa de organizar o sistema financeiro em torno de instrumentos estatais. Aconteceu o contrário, ou seja, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica é que aderiram ao modelo dos bancos privados, visando acima de tudo o lucro e esquecendo o financiamento aos pequenos comerciantes, prestadores de serviços ou profissionais de toda espécie.
Dar poder aos sindicatos já foi objetivo social e político de importância, mas bastou os companheiros ocuparem o palácio do Planalto para esvaziarem a representatividade dos organismos de classe. Onde anda a CUT, por exemplo? Os metalúrgicos do ABC dispõem de que espaços para reivindicar melhoria salarial?
Ensino gratuito e de qualidade em todos os níveis, prestado pelo estado, seria alternativa capaz de dar dignidade e remuneração compatível aos professores, mas aí está a prevalência das custosas escolas privadas. Bem como a deterioração das públicas.
Transportes populares eficientes faziam parte das reformas de base, bem como serviços baratos de água, saneamento e energia. Hoje custam os olhos da cara, quando não faltam.
Em suma, e ainda que as populações menos favorecidas tenham em parte alçado de patamar, o programa das reformas de base empacou, apesar da propaganda. Viu-se substituído pelos benefícios concedidos às elites.