Pedro França /Agência Senado
Carolina Albuquerque
JC Online
Um dia após a visita da presidente Dilma Rousseff (PT) a Pernambuco, o senador Humberto Costa (PT) subiu à tribuna no Senado nesta terça-feira (26) para jogar holofotes sobre os investimentos que o governo federal tem feito no Estado. O petista pregou o mesmo tom adotado em discurso pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, escalada para dar – na passagem pelo Sertão – o recado às críticas que o governador Eduardo Campos (PSB) tem tecido nas últimas semanas ao governo Dilma.
Na ocasião, além de detalhar o que já foi investido no Estado, Belchior lembrou o empenho federal decisivo na vinda da Fiat, algo usado inclusive na campanha a favor do então candidato e hoje prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB). Em sintonia, o senador foi na mesma linha.
“São com os recursos federais e o trabalho descentralizado realizado pelas prefeituras, que atuam na ponta, junto à população, que podemos continuar a mudar a cara de Pernambuco, do Nordeste e do Brasil”, frisou Humberto.
O pronunciamento do senador petista faz frente à declaração dos dois interlocutores do governo Eduardo Campos (PSB), deputados estaduais Guilherme Uchoa (PDT) e Waldemar Borges (PSB), respectivamente presidente da Alepe e líder do governo. Escalados pelo Palácio, eles procuraram a imprensa para pontuar que os recursos só aconteceram por conta da “capacidade de Pernambuco de definir projetos e tirá-los do papel”.
Durante a visita de Dilma foi anunciado um incremento ao Estado de R$ 3,1 bilhões em recursos (incluindo a contrapartida estadual), que virão em forma de adutoras, barragens e rodovias. Com a palavra, o senador tratou de festejar o montante.
“Infelizmente, estamos enfrentando a maior seca dos últimos 50 anos, mas não vamos deixar as famílias nordestinas desassistidas, seja por meio de medidas emergenciais, seja por meio de grandes investimentos estruturantes que vão mudar radicalmente a realidade do sertão nordestino”, destacou Humberto.