PE247 – O Porto Digital do Recife ganhou o selo de indicação de procedência do Instituto Nacional de Produção Industrial (INPI), que tem como objetivo reconhecer a qualidade na produção de softwares e tecnologia de informação pelo parque recifense. Esse foi o primeiro registro a ser atribuído a uma instituição de serviços no Brasil.
O porto recebeu o selo pioneiro tendo após ter iniciado, em 2008, uma série de ações voltadas para elevar a qualidade das 200 empresas ligadas ao órgão, um parque voltado para tecnologia da informação e economia criativa, que fica em uma área de 149 hectares e emprega 6,5 mil funcionários.
O presidente do Porto Digital, Francisco Saboya, afirmou em entrevista ao jornal o Estado de São Paulo que a ideia era de as empresas teriam que ter um padrão de desempenho pelo qual pudessem se destacar. “Ter algo que faça com que as empresas persigam esse padrão de excelência”, disse. “O Porto Digital passa a ser a Bordeaux do software”, disse.
De acordo com Saboya, os efeitos deste prêmio serão percebidos em 20 anos e, até lá, é preciso mostrar às empresas que elas fazem parte de um ambiente diferenciado para que as mesmas busquem atender a este novo patamar, e atrair a população recifense, além de “vender” a cidade como um local aberto a determinados tipos de negócios que, evidentemente, têm alguma relação com o parque tecnológico.
Agora, as empresas ancoradas no porto precisarão atender a um conjunto de indicadores conforme o processo de certificação do INPI. Cinco delas já estão habilitadas a receber o certificado: Procenge, Pitang, MVM, Vectra e Segsat. Estes empreendimentos também passarão por uma auditoria contratada pelo Conselho Administrativo do Porto Digital.
O diretor de Inovação e Competitividade empresarial, Guilherme Calheiros, informou que o parque contou com respaldo da academia, do Governo Estadual, do Sebrae, de especialistas e obteve financiamento do do CnPQ.