Folha Econômica
Folha-PE
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A falta de mobilidade urbana virou assunto recorrente. Os congestionamentos que antes eram pontuais agora se tornaram frequentes. É por isso que os investimentos em infraestrutura para melhorar a mobilidade e o transporte coletivo são o desafio para os governos municipais da Região Metropolitana do Recife (RMR). Os números são realmente preocupantes. Segundo levantamento da Ceplan Consultoria, diariamente, 1,5 milhão de pessoas circulam para trabalhar dentro ou fora da RMR.
Pessoas que deveriam ser atendidas pelo sistema público de transporte, mas, que, seduzidos pelo aumento da renda, preferiram adquirir um automóvel. Por quê? O número reduzido de linhas de ônibus é um dos motivos. Apenas 337 linhas atendem a RMR. E, apesar, de ter uma frota reduzida, as tarifas estão em alta. De 2002 a 2012, a tarifa do Anel A, que atende a 80% dos usuários, cresceu 19,62%. Foi aí que os incentivos fiscais saltaram aos olhos e a venda de carros dispararam. A frota de veículos mais do que duplicou entre 2001 e 2011 passando de 448 mil para 930 mil.
A previsão é de que, em 2014, haverá um automóvel para cinco habitantes da RMR. Enquanto isso, os projetos de infraestrutura caminham a passos lentos. E, se hoje já é difícil sair de casa, no ano da Copa do Mundo, essa pode ser uma missão quase impossível.