SÃO PAULO (AE) - O veneno de uma das cobras mais letais, a mamba-negra,
está sendo usado no desenvolvimento de um analgésico tão poderoso quanto
a morfina, mas sem os efeitos colaterais associados ao opioide. A
conclusão faz parte de estudo publicado este mês na revista “Nature”.
Pesquisadores do Instituto de Farmacologia Molecular e Celular do Centro
Nacional de Pesquisa Científica da França conseguiram isolar um
componente do veneno - nomeado “mambalgina” - capaz de eliminar a dor em
camundongos.
A eficácia da substância foi avaliada em testes de laboratório em que uma fonte de calor se aproximava do rabo e da pata dos roedores. Aqueles sob efeito da mambalgina não reagiram com sinais de dor ao estímulo. A mambalgina anestesiou os canais de íon sensíveis ao ácido, um dos que participam do processo de transmissão da dor. Esses canais são ativados sempre que há uma baixa de pH no organismo, que pode ser provocada por uma inflamação dolorosa. A substância não provocou disfunção motora, apatia, convulsão nem desconforto respiratório.
O Instituto Butantã conduz duas pesquisas semelhantes com a cascavel. “As pesquisas ajudam a entender os mecanismos da dor”, disse a pesquisadora Yara Cury, diretora do Laboratório Especial de Dor e Sinalização. Ela esclareceu que o veneno não será necessariamente a matéria-prima de um remédio, mas pode servir de modelo para moléculas que se tornarão analgésicos.
A eficácia da substância foi avaliada em testes de laboratório em que uma fonte de calor se aproximava do rabo e da pata dos roedores. Aqueles sob efeito da mambalgina não reagiram com sinais de dor ao estímulo. A mambalgina anestesiou os canais de íon sensíveis ao ácido, um dos que participam do processo de transmissão da dor. Esses canais são ativados sempre que há uma baixa de pH no organismo, que pode ser provocada por uma inflamação dolorosa. A substância não provocou disfunção motora, apatia, convulsão nem desconforto respiratório.
O Instituto Butantã conduz duas pesquisas semelhantes com a cascavel. “As pesquisas ajudam a entender os mecanismos da dor”, disse a pesquisadora Yara Cury, diretora do Laboratório Especial de Dor e Sinalização. Ela esclareceu que o veneno não será necessariamente a matéria-prima de um remédio, mas pode servir de modelo para moléculas que se tornarão analgésicos.