Passaporte Verde Será Incrementado Durante a Copa

Antônio Assis
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Gabriel Fialho _Portal da Copa - As ações de sustentabilidade do governo federal para a Copa do Mundo de 2014 terão reforço importante com a contribuição do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). A ideia é incrementar o uso do Passaporte Verde e o estímulo às compras e contratações sustentáveis dos setores público e privado.
O enfoque nas duas ações foi definido na visita realizada pelos representantes do PNUMA aos ministérios do Meio Ambiente e Esporte, nesta semana. A missão do programa continua no Brasil com reuniões, no Rio de Janeiro, com o Comitê Organizador Local da Copa (COL) e com a FIFA, e encontros com o governo local para discutir ações voltadas para as Olimpíadas.
O Passaporte Verde existe em vários países, cada um com seu formato e conteúdo, e serve para informar e orientar os turistas sobre meio ambiente e sustentabilidade, como, por exemplo, facilidade de localização de parques ou onde encontrar produtos orgânicos. O objetivo do Brasil é lançar uma edição especial da publicação para a Copa e, para isso, contará com a experiência do PNUMA.

"Hoje temos um instrumento mais genérico. A nossa intenção é ter uma edição especial em 2014, para servir de orientação do turista com o conjunto da agenda de sustentabilidade do país. Nosso pedido foi para que o PNUMA nos ajude a encontrar inovações no projeto atual do Passaporte Verde, principalmente, incorporando tecnologias da informação", afirmou Cláudio Langone, coordenador da Câmara Temática de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Copa do Mundo.
Ele explica que o objetivo da cooperação é qualificar a iniciativa com aplicativos e interatividade para os turistas, tanto brasileiros como estrangeiros, que viajarão pelas cidades-sede do Mundial. Uma ideia é criar um cadastro de hotéis, bares e restaurantes que aderirem ao programa Copa Orgânica e Sustentável do governo federal, que possa ser acessado pela internet.
Em novembro, a missão do PNUMA voltará ao Brasil para discutir a operacionalidade das iniciativas com os ministérios envolvidos: Esporte, Meio Ambiente e Turismo. Para Langone, com o envolvimento do programa nas ações, a repercussão será maior. "O PNUMA começou a trabalhar com agenda de sustentabilidade em megaeventos em 1994, ou seja, eles já têm um bom acúmulo sobre o tema e capacidade de arregimentação de especialistas internacionais que já trabalharam com eles nessa área. Então, podem aportar boas praticas na área".
No caso das compras e contratações, o objetivo é dinamizar a relação entre oferta e demanda, para estimular o setor privado a aderir às práticas sustentáveis. "No setor privado o mecanismo de adesão é voluntária, então tem que se desenvolver mecanismos de informação que priorizem a escolha por produtos sustentáveis. O governo já tem um decreto que estabelece regras, pela lei de licitações, atribuindo pontuação diferenciada aos produtos sustentáveis. O que temos que fazer é orientar os demandantes privados e os produtores, que muitas vezes não têm visibilidade, não estão organizados, para que um chegue ao outro", disse Langone, que acrescentou que a experiência do PNUMA será importante nesta área.

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